terça-feira, 9 de abril de 2013

PSC pode lançar pastor Marco Feliciano como candidato a presidente do Brasil em 2014


Após declarações do pastor Marco Feliciano de que poderia não integrar mais a base de apoio ao governo, e reclamar de traição por parte do Partido dos Trabalhadores, seu partido decidiu que nas próximas eleições presidenciais, lançará candidato próprio.
Entre os nomes mais cotados para encabeçar a chapa do Partido Social Cristão, estão o próprio Feliciano e o também pastor Everaldo Pereira (RJ), vice-presidente nacional da legenda.
“A decisão é que teremos candidatura própria à presidência da República. Ser inteligente é fazer o que outros inteligentes fizeram. E o PT foi inteligente em fazer o Lula ser candidato à presidência três vezes, antes de ganhar a eleição”, afirmou Pereira, que demonstra cautela sobre ser um dos indicados: “Sou soldado do PSC, que é um partido democrático. Todos os que quiserem podem disputar”.
Pereira declarou ao portal Terra que a ideia é que o partido cresça: “A política não é uma ciência exata. Mas, pelo histórico do partido, que em 2002 elegeu um deputado federal, em 2006 elegeu nove, em 2010, foram 17 deputados e um senador, podemos dizer que a meta é avançar, nunca recuar”, afirmou.
Marco Feliciano, o nome do partido com maior evidência atualmente, se voluntariou para o cargo, e de acordo com informações do Estadão, teria ressaltado que em suas viagens como pastor pelo Brasil para pregar, conheceu muitas lideranças evangélicas, o que traria certa vantagem para ele.
Porém, entre seus apoiadores, há quem defenda que o pastor dispute a eleição para deputado mais uma vez, e faça barulho com uma grande votação.
A mesma visão foi partilhada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é evangélico: “Do jeito que conheço o meio evangélico, o Feliciano se elege com mais de um milhão de votos no ano que vem e traz com ele uns três deputados”, disse.
Crescimento do PSC
O pastor Everaldo Pereira esclareceu que embora o PSC seja baseado em princípios cristãos, não mistura a fé com a política: “Gosto de dizer que o PSC não segrega, não exclui nem discrimina. Não é um partido religioso, ele tem princípios cristãos. O partido tem bandeiras importantes, como o fim do fator previdenciário, a PEC 300, regulamentação da emenda 29, defende a reforma tributária e defende os direitos humanos”, enumerou.
O primeiro senador eleito pelo PSC, Eduardo Amorim (SE), desponta em seu estado como o principal nome para vencer as eleições para governador, o que ajudaria o partido em seu plano de metas.
De acordo com o Estadão, a escalada do PSC também pode ser notada através de outros números. Atualmente conta com 380 mil filiados, e seu fundo partidário aumentou 800 vezes na última década. Em 2003, com apenas um deputado, o partido recebia R$ 12,7 mil em recursos federais, e no ano passado, o valor registrado era de R$ 10,7 milhões.
“Estamos em fase de transição para um partido de médio porte, buscando mais expressão nacional”, resume o deputado André Moura (SE), líder do partido na Câmara.

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