terça-feira, 9 de abril de 2013

Pesquisadores afirmam que evangelho apócrifo de Judas não foi falsificado; Análises químicas determinaram que o livro foi escrito no ano 280 D.C.



O Evangelho apócrifo de Judas, descoberto na década de 1970 e tema de polêmicas no meio cristão por apresentar uma visão diferente sobre o discípulo que é tratado como traidor nos demais evangelhos, teve a data original de sua escrita descoberta por pesquisadores.
Nesta segunda-feira, 08 de abril, a Sociedade Química dos Estados Unidos foi palco do anúncio dos resultados da análise química feita no documento. Para determinar a data, os pesquisadores compararam o documento com escritos egípcios antigos, de pelo menos 1.700 anos.
Através de processos como radiocarbono, análise microscópica e de produtos químicos, foi possível determinar que o documento foi escrito por volta do ano 280 D.C., provando assim que o Evangelho de Judas não teria sido falsificado recentemente, como sugeriam alguns pesquisadores.
Porém, a descoberta da data original em que o livro apócrifo foi escrito, não significa que seu conteúdo seja verídico. No texto há a sugestão de que Jesus teria pedido a Judas que o entregasse aos soldados romanos, pois sua morte seria o meio para libertar seu espírito de seu corpo.
O Evangelho de Judas está escrito na língua copta, que era usada no Egito Antigo, e atualmente, está exposto no Museu Copta, em Cairo, segundo informações do G1.
A pesquisa descobriu ainda que a tinta usada para escrever o texto foi colocada no papel quando ele ainda era novo e ainda não havia sido enrolado, como se fazia com os pergaminhos, pois o papel passou pelo processo natural de envelhecimento já com a tinta nele.
Segundo o cientista Joseph Barabe, que detalhou os resultados alcançados com as análises, a tinta encontrada no Evangelho de Judas tem características semelhantes às das tintas usadas em contratos de casamento e de terras do Egito do século 3 d.C.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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