terça-feira, 10 de julho de 2012

Fui eu


(Muito Linda!)








As bofetadas e as cusparadas foram minhas.


O chicote implacável que retalhou suas costas estava na minha mão.


O escárnio, a zombaria, o deboche… era eu. Fui eu.


Foram minhas mãos que teceram e empurraram com força sobre Sua cabeça aquela coroa de espinhos pontiagudos.


Sim, foram minhas mãos que seguraram o martelo que, impiedosamente, afundou os pregos nas mãos e nos pés dEle.


Ele não reclamou. Não abriu a boca.


Mesmo quando eu gritava desafiadoramente: “Desce daí! Se descer irei crer em Ti!”


Fui eu, sim fui eu, Thales Oliveira, que covardemente assassinou o Salvador do mundo.


Eu não mereço Seu perdão. Porém, preciso.

Eu não compreendo Seu amor. Porém, aceito. 




“O imaculado Filho de Deus pendia da cruz, a carne lacerada pelos açoites; aquelas mãos tantas vezes estendidas para abençoar, pregadas ao lenho; aqueles pés tão incansáveis em serviço de amor, cravados no madeiro; a régia cabeça ferida pela coroa de espinhos; aqueles trêmulos lábios entreabertos para deixar escapar um grito de dor. E tudo quanto sofreu – as gotas de sangue a Lhe correr da fronte, das mãos e dos pés, a agonia que Lhe atormentou o corpo, e a indizível angústia que Lhe encheu a alma ao ocultar-se dEle a face do Pai – tudo fala a cada filho da família humana, declarando: “É por ti que o Filho de Deus consente em carregar esse fardo de culpa; por ti Ele destrói o domínio da morte, e abre as portas do paraíso. Aquele que impôs calma às ondas revoltas, e caminhou por sobre as espumejantes vagas, que fez tremerem os demônios e fugir a doença, que abriu os olhos cegos e chamou os mortos à vida – ofereceu-Se a Si mesmo na cruz em sacrifício, e tudo isso por amor de ti” (EGW).

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