O governo federal decidiu liberar recursos para as comunidades terapêuticas ligadas a denominações evangélicas e católicas, através da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).
A decisão ocorre às vésperas da votação do projeto de lei que prevê internação compulsória para dependentes químicos.
As organizações não governamentais que gerenciam centros de recuperação e tem seu trabalho comprovadamente bem sucedido, estão agora numa lista que será analisada até junho pelo secretário interino, Mauro Roni Lopes da Costa.
Em entrevista ao jornal O Globo, Costa afirmou ser “uma questão de honra” que os projetos sejam analisados e classificados para a assinatura dos convênios, que viabilizarão o repasse das verbas.
Costa disse ainda que a ordem para que essas entidades recebam recursos da Senad veio diretamente da presidente Dilma Rousseff, através da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman: “[A orientação é] que se pactue logo, que se viabilize logo a política pública, e elas têm razão. Estamos fazendo isso, correndo atrás, todo mundo trabalhando. É ordem deles que essa é uma ação prioritária, e assim nós iremos encarar e assim nós temos feito”, pontuou.
A decisão do governo de repassar verbas para as comunidades terapêuticas ligadas a igrejas causou contrariedade na antiga responsável pela pasta, Paulina Duarte. Devido a essa nova diretriz, a ex-secretária deixou o cargo sob argumento de que assumirá uma nova função na Organização dos Estados Americanos, em Washington.
O pastor Everaldo Dias Pereira, vice-presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC), afirmou em seu blog que a decisão pode ser apenas uma estratégia política.
“É aquela história do ‘leite derramado’ que aqui se aplica. Ou seja, dizer: Por que só agora? Será que é apenas porque o Planalto começa a perceber que vem desagradando aos evangélicos e que eles já começam a ficar ressabiados com a presidente Dilma e tendendo a mudar de voto? Será que eles vêm com essa história de liberar verba pra recuperação de dependentes químicos pensando que os evangélicos não têm senso crítico? A possível iminência da perda do apoio evangélico deve estar mesmo tirando o sono das equipes palacianas”, afirmou o pastor, que é um dos cotados para ser o candidato do PSC à presidência da República em 2014.
O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) concedeu entrevista ao jornalista Amaury Jr. em seu programa na RedeTV! e falou sobre os diversos temas que o envolvem e tem sido abordado pela mídia nos últimos meses.
A polêmica mais recente em que seu nome foi envolvido girou em torno das declarações da cantora Daniela Mercury, que revelou ter se tornado lésbica e anunciou seu casamento com a jornalista Malu Verçosa.
Na entrevista, Feliciano classificou de oportunismo a atitude da cantora de tornar seu relacionamento público no momento em que o tema “casamento gay” está sendo manchete na mídia.
“Homossexualismo é um fenômeno comportamental. Não sou fã de Daniela, eu sinto muito pelo que ela deve estar sofrendo, ela jamais teria sido capa de revista Veja se não fosse este momento, existe oportunismo”, afirmou Marco Feliciano no Programa Amaury Jr., segundo informações da coluna F5 da Folha de S. Paulo.
O pastor aproveitou sua participação no programa para rechaçar as acusações de homofobia, que são destacadas pela mídia: “Homofobia é uma doença, são pessoas violentas ou assassinas, eu tenho é posicionamento, não sou homofóbico. Sou contra o casamento gay por princípio. Na Constituição Brasileira a união estável é reconhecida entre homem e mulher. Segundo a Bíblia isso também não é casamento. O Papa Francisco pensa como eu”, disse Feliciano, citando o pontífice da Igreja Católica como ponto de apoio de seu argumento.
As demais acusações feitas contra ele seriam fruto de crueldade da imprensa, e citou o episódio que rendeu acusações de racismo: “Nunca disse que os africanos são amaldiçoados e, sim, que os ancestrais africanos são amaldiçoados, isso está na Bíblia e eu creio na Bíblia”, afirmou, categoricamente.
O pastor disse ainda que seus planos políticos são de chegar ao Senado Federal, mas sabe que para a próxima eleição, é inviável, por haver apenas uma vaga em disputa, e que por isso deverá concorrer novamente à Câmara dos Deputados.
Marco Feliciano ressaltou que as pessoas que o apoiam são maioria e que não aparecem em manifestações pois estão ocupadas: “Eles são silenciosos, eles são pais de família que trabalham e não tem tempo para manifestações”.
Confira nos vídeos abaixo a entrevista do pastor Marco Feliciano ao Programa Amaury Jr.:
Em seu primeiro discurso ante o Comitê da Bíblia do Vaticano, o Papa Francisco afirmou que a Igreja Católica é a única entidade habilitada a interpretar corretamente as escrituras. Defendendo a autoridade da tradição, o Papa afirmou que “a interpretação das escrituras não pode ser apenas um esforço intelectual individual, mas deve ser sempre confrontado, inserido e autenticado pela tradição viva da Igreja”. De acordo com o G1, o Papa jesuíta fez uma longa referência em seu discurso a um texto do Concílio Vaticano II (1962-1965), a Constituição ‘Dei Verbum’ (‘A Palavra de Deus’), sobre o papel da Igreja. - O Concílio lembrou com grande clareza: tudo o que está relacionado com a maneira de interpretar as Escrituras está, em última análise, sujeito ao julgamento da Igreja, que realiza o seu mandato divino e o ministério de preservar e interpretar a palavra de Deus – afirmou o Papa, que disse também que “há uma unidade indissolúvel entre Escritura e Tradição”. Reforçando os dogmas da Igreja Católica, o Papa defendeu igualdade de valor entre a Bíblia e as tradições da igreja, afirmando que elas são “conjuntas e se comunicam entre elas”, “formando, de certa maneira, uma única coisa”. - A Sagrada Tradição transmite a Palavra de Deus plenamente (…) Desta forma, a Igreja tira a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas não só nas Sagradas Escrituras. Uma como a outra devem ser aceitas e veneradas com sentimentos semelhantes de piedade e respeito – completou. Como conclusão do discurso, o Papa Francisco afirmou estar denunciando “a insuficiência de qualquer interpretação sugestiva, ou simplesmente limitada a uma análise incapaz de acolher o significado global que tem sido construído há séculos pela tradição de todo o povo de Deus”. Por declarar que nenhum grupo fora da Igreja Católica teria poder para interpretar a Bíblia, essas afirmações do Papa se opõem diretamente à ideia defendida por diversos líderes cristãos de que ele aproximaria católicos e evangélicos, bem como a movimentos existentes dentro do catolicismo que buscam uma renovação estrutural dentro da Igreja. Um dos grupos católicos que se opõem a essa interpretação é a “Iniciativa dos Padres”, movimento ao qual já se uniram 3.500 párocos na Europa e nos Estados Unidos, e que se o papa Francisco não realizar a modernização da Igreja, os católicos, decepcionados, abandonarão a religião em massa. Em um manifesto publicado em 2011, o grupo afirmou ser obrigado a seguir sua própria consciência e atuar independentemente dos ditados do Vaticano, “perante a rejeição de Roma de uma reforma que há tempos é necessária”. Entre as ideias defendidas pelo grupo, estão a ordenação de mulheres, dar comunhão a todos os “fiéis de boa vontade”, “inclusive divorciados” e permitir que também os laicos prediquem a palavra de Deus.
Reforma Católica
Apesar de seus discursos sobre a importância da tradição de Igreja, o Papa Francisco criou neste sábado um grupo de oito cardeais para aconselhá-lo no governo da Igreja e estudar um projeto de revisão da Cúria Romana, segundo a Veja. O grupo será formado pelos cardeais Giuseppe Bertello, governador do Estado da Cidade do Vaticano; o chileno Francisco Javier Errázuriz Ossa, arcebispo emérito de Santiago do Chile; o indiano Oswald Gracias, arcebispo de Mumbai; o alemão Reinhard Marx, arcebispo de Munique; o congolês Laurent Monsengwo Pasiny, arcebispo de Kinshasa; o americano Sean Patrick O’Malley, arcebispo de Boston; o australiano George Pell, arcebispo de Sydney; e o hondorenho Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa, que será o coordenador do grupo. Por Dan Martins, para o Gospel+
O deputado e pastor Marco Feliciano participou nessa segundo feira (15) do “Programa do Ratinho”. O atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara estiveram no programa para discutir as polêmicas em torno de sua permanência na comissão. No programa, Feliciano respondeu a perguntas feitas pelo apresentador e, principalmente, a questionamentos enviados pelo público do programa através do Twitter. A presença do pastor no programa foi amplamente divulgada pelas redes sociais. - #MarcoFelicianoNoRatinho ao vivo no Ratinho, já estamos ligados. Larga a novela povo!!!! mande perguntas o programa é ao vivo @ratinhodosbt – escreveu a psicóloga Marisa Lobo, no Twitter e no Facebook. Antes de chamar Feliciano para ser entrevistado, Ratinho afirmou ter chamado também os opositores do parlamentar para participar do programa, mas disse que nenhum deles havia respondido ao convite. -Parece que gostam de aparecer só naqueles 30 segundos da Globo – afirmou o apresentador que afirmou que entrevistaria o deputado, e não o pastor, ressaltando também que seu programa está aberto para receber qualquer um que quiser manifestar sua opinião sobre a polêmica em torno da Comissão. - Todas as vezes que me citam, citam o pastor. Sempre rotulando como se um pastor fosse iletrado e intolerante – afirmou Feliciano logo ao entrar no programa, explicando que seus opositores usam sua religião como forma de diminuí-lo. Logo no início da entrevista, Ratinho comentou que ninguém nunca havia comentado sobre a comissão antes da polêmica em torno da presença do evangélico na comissão. Ao questionar o parlamentar sobre o porquê do surgimento de tal polêmica, a resposta de Feliciano foi de que ele incomodou grupos ligados ao movimento LGBT, que tinham a comissão como seu “quartel general”, e a usavam unicamente para defender seus interesses. - Eu sempre bati de frente com algumas coisas que esse grupo defende – justificou o pastor, afirmando que é a favor dos direitos dos homossexuais, mas não de privilégios para os mesmos. - Direitos sim, privilégios não – declarou. Ao falar sobre as manifestações contrárias ao parlamentar, o programa mostrou uma série de imagens de protestos contra ele, e também contra seu partido, o PSC. Feliciano comentou tais manifestações afirmando que as mesmas não tem participação de “pais de família”, e que seriam esses pais de família as pessoas que ele representa e defende. - Não tem um pai de família se manifestando contra mim, porque um pai de família tem que estar trabalhando para alimentar sua família – destacou. Feliciano afirmou ainda que muitos dos protestos feitos contra ele desrespeitam sua família, citando manifestantes que tiraram a roupa em torno de seu carro no qual ele carregava duas crianças. Ele citou também protestos feitos em frente e até mesmo dentro de igrejas evangélicas usando até mesmo “rituais de feitiçaria”. Questionado se quem segue a palavra de Deus poderia incitar o ódio, Feliciano respondeu que ódio é o que fazem contra ele, tolhido de seu direito ir ao shopping com sua família, ou até mesmo a um culto sem ser perseguido. Feliciano reafirmou também que não irá renunciar ao cargo, e afirmou ter sido eleito legitimamente ao congresso e escolhido da mesma forma para presidir a Comissão. - Estou firme inabalável como os Montes de Sião – respondeu, sobre sua permanência na Comissão. Ele afirmou ainda que se saísse abalaria a confiança do Congresso Nacional, pois “qualquer grupinho [de manifestantes] comprado com 2 mil reais” manipularia as comissões. Comentando sobre a possibilidade de a polêmica em torno de sua permanência no cargo ser uma forma de desviar a atenção de questões maiores, o deputado confirmou ter dito que renunciaria em troca da saída dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoíno (PT-SP), condenados no julgamento do mensalão, da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), mas ressalta que os líderes petistas “não aceitaram a proposta”. Outro assunto comentado pelos espectadores foi o apoio que os opositores do deputado têm recebido da classe artística, ao que Feliciano respondeu que não pauta seus atos pela vida desregrada e fantasiosa destes. - Eu não sou pautado pela vida dos artistas. A maioria dos artistas vive em uma vida de faz de conta. (…) existem artistas que trocam de família como quem troca de roupa – afirmou. Ainda sobre seus opositores, o parlamentar destacou que são poucos os políticos que se manifestaram abertamente contra ele, listado os nomes de seus principais algozes. - Dos 513 são só 4 deputados: Jean Wyllys, Erika Kokay e Domingos Dutra e mais um ou dois deputados que estão lá. Outro questionamento que sempre é apresentado ao deputado, e que também foi levantado no programa foi sobre suas polêmicas afirmações, feitas pelo Twitter, de que a África seria um continente amaldiçoado. De acordo com Feliciano tais afirmações foram retiradas de seu contexto para alimentar uma imagem negativa de sua pessoa. - Não se pode julgar um homem por 140 caracteres. (…) Pinçaram isso para me acusar de racista – se defendeu, afirmando que tais declarações foram retiradas de seu contexto para serem divulgadas, mostrando assim uma interpretação equivocada de sua visão teológica. - Existe uma tendência a desmerecer aquilo que eu falo, até porque a mídia me apresenta como um vilão e como se o Brasil inteiro estivesse contra mim – completou. Ao fim do programa, o apresentador Ratinho ressaltou a Feliciano que, apesar das oposições, existem gays que o apoiam. - As pessoas de bem, as pessoas coerentes, elas fazem isso – respondeu Marco Feliciano. Ratinho ressaltou por várias vezes ter chamado o deputado e ativista gay Jean Wyllys, principal opositor de Feliciano, para participar do programa, mas disse nunca ter tido uma resposta do parlamentar. Assista a entrevista na íntegra:
A entrevista do pastor Silas Malafaia à apresentadora Luciana Gimenez no programa Superpop foi transmitida na noite de ontem, 15 de abril. No programa, como esperado, foram tratados assuntos ligados às pregações de Silas Malafaia e também sobre o seu embate com ativistas gays. “Eu não sou dono de verdade. Eu sou um ser humano que também falho [...] Devido a temperamento, a jeito de ser, quando você é espontâneo, você também erra”, afirmou o pastor, após ser apresentado à platéia. Questionado sobre a teologia da prosperidade e uma suposta linha de recompensa divina, Malafaia disse que “a lei da recompensa é uma das leis [com] que Deus trabalha”. A apresentadora Luciana Gimenez falou sobre o dízimo e perguntou se Jesus pregava sobre isso. “Deixa eu te explicar isso. O primeiro ponto que a gente tem que entender, é que você abraça uma fé é porque você crê e aceita aquilo. Você é livre para aceitar ou rejeitar qualquer tipo de fé [...] Ou você recebe por fé, ou não recebe”. No decorrer do programa, falaram sobre liberdade de expressão e o que o pastor chamou de “ditadura de opinião”, que seria a imposição de ideias por parte dos ativistas gays aos demais cidadãos que discordam deles ou de suas práticas. Citando o pastor Marco Feliciano e o episódio em que comentou uma linha de pensamento que acredita ser a África um continente amaldiçoado, Luciana Gimenez afirmou que é preciso ter responsabilidade sobre o que se fala. Silas Malafaia pontuou que a liberdade de expressão permite que a pessoa diga o que pensa, mesmo que isso seja um “besteirol teológico”, apesar de ressaltar que acredita que Feliciano tenha feito apenas uma “conjectura” nesse caso. Sobre o PL 122, Malafaia voltou a falar que os ativistas gays querem privilégios, e que “não suportam o questionamento de opinião”. Novamente, voltou a citar o pastor Feliciano para ilustrar o que ele entende como “patrulhamento” em busca de privilégios: “Foram ver o que o Marco Feliciano falou dentro da igreja. É o local protegido pela constituição, é inviolável. Crença é inviolável”, enfatizou. A apresentadora afirmou que a PL 122 se faz necessária para proteger cidadãos que estão sendo atacados nas ruas. Malafaia discordou dizendo que a lei que protege heteros, protege também homossexuais, e que não se faz necessária uma lei exclusiva para eles, dizendo que o problema “não está na lei, e sim em quem executa a lei”. Nesse ponto, a apresentadora assentiu a postura do pastor: “Eu concordo”. Confira no vídeo abaixo, a íntegra da entrevista concedida pelo pastor Silas Malafaia à apresentadora Luciana Gimenez: